A observação da Dani e da Milene clarearam a minha visão sobre o meu próprio trabalho e me fizeram ver que o caminho que eu fiz tinha sim um traço meu.
A câmera fotográfica - extensão do meu olhar - captou no início do trajeto (Av. Afonso Pena) o que eu via de mais evidente: as pessoas. E foi nelas que comecei a buscar os primeiros detalhes.
Uma cor, uma conversa...
Seguindo o percurso, quando o fluxo de pessoas me pareceu diminuir, logo se ergueu em minha frente o Edifício Acaiaca. Aquele detalhe/entalhe imponente, que parecia observar.
Assim como a Carla, no post anterior, também fui arrebatada pelo sentimento de solidão que vi nas pessoas e em mim. Em meio às praças cheias de gente, cores, sacolas e pressas, encontrei pessoas que pareciam alheias e cansadas (na mente). Me posicionei bem em frente aos dois fotografados e o estado de transe deles me pareceu tal que minha presença evidente/inconveniente nem os incomodou.
Revendo as outras fotos e o que registrei na minha memória, concordo que minha deriva no centro buscava sempre o detalhe. Estava ali querendo ver com outros olhos a minha cidade e percebi que já enquadrava as pessoas e as coisas com os meus olhos de cidadã comum.
Algumas das pessoas que passavam pelo nosso grupo deviam pensar "Gente, esses meninos tão tirando foto de quê? De calçada, rua, poste, parede suja?". Acho que seria legal se todo mundo soubesse que inscreve seu próprio modo de ser na cidade, que quando caminha pela calçada está dizendo parte do que pensa. Acho que saber disso modifica nossa postura no cotidiano e nos faz mais críticos diante dos outros, do ambiente e de nós mesmos.
Para terminar, uma seqüência de pensamentos que percebi escritos nos bancos da Av. dos Andradas. Sigam o raciocínio (ou não):
2 comentários:
ei, tá super bacana o post, mas faltou a assinatura!
hahaha..num acredito! já vou lá assinar!
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